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AOS PEQUENOS COMPANHEIROS
Deus fez da vida um jardim,
Fez do mundo o nosso lar,
Onde aprendemos a amar
Sua grandeza sem fim.
Em todas as direções,
Nas cidades, nos caminhos,
No campo, no mar, nos ninhos,
Há sempre grandes lições.
No Prazer, no sofrimento,
Na noite longa e sombria,
Na claridade do dia,
Tudo e flor de ensinamento.
Colhamos bênçãos de luz
Nas lutas que a vida encerra
O jardim é toda a terra,
O jardineiro é Deus.
João de Deus
Pedro Leopoldo
04/11/1946
ORAÇÃO DOS MENINOS
Pai Nosso, que estás nos Céus,
Na glória da Criação,
Ouve esta humilde oração
Dos pequenos lábios meus.
Santificado, Senhor,
Seja o teu nome divino
Em minha’alma de menino
Que confia em teu amor.
Venha a nós o teu reinado
De paz e misericórdia,
Que espalha a luz da concórdia
Sobre o mundo atormentado.
Que a tua vontade, assim,
Que não hesita, nem erra,
Seja feita em toda a Terra
E em todos os Céus sem fim...
Dá-nos, hoje, do celeiro
De tua eterna alegria
O pão nosso que sacia
A fome do mundo inteiro
Perdoa, Pai, nesta vida,
Os erros que praticamos,
Assim como perdoamos
Toda ofensa recebida.
Não deixes que a tentação
Nos vença a carne mortal
E nem permitas que o mal
Nos domine o coração.
Em tua luz que me beija
E em teu reino ilimitado
Que sejas glorificado,
Agora e sempre... Assim seja!
QUADRO MATINAL
Interroga Dona Rita
À pequenina louçã:
-Já fizeste, Carmenzita,
a súplica da manhã?
-Já sim, mamãe – Disse ela.
-Que pediste ao Mestre Amado?
-A bonequinha amarela
de chapeuzinho dourado.
Pedi também um vestido
E a caixinha de segredos
Que faz música ao ouvido,
Lá na casa de brinquedos.
E não rogaste mais nada?
Perguntou a mãe bondosa.
-Pedi a bolsa encarnada
e a sombrinha cor-de-rosa..
-Filhinha dos olhos meus,
Disse a mamãe num sorriso,
-Volta à prece e roga a Deus
que te conceda juízo.
CONSELHO MATERNO
Ouve, filhinho,
Pelo caminho
Encontrarás
Muita criança
Sem esperança,
Sem luz, sem paz...
Aves pequenas,
Guardam apenas
O pranto e a dor,
Rolando ao vento
Do sofrimento
Esmagador.
Passam a sós,
Erguendo a voz,
Pedindo pão...
Passam em bando,
Dilacerando
O coração.
Ante a tristeza
Dessa aspereza,
Desse amargor,
Filhinho amigo,
Dá-lhes abrigo,
Dá-lhes amor...
És irmãozinho
Do pobrezinho
Que aflito vai...
Nos mesmos trilhos
Nós somos filhos
Do mesmo Pai.
MEU LAR
Meu lar é um ninho quente, belo e doce,
Meu generoso e abençoado asilo,
Onde meu coração vive tranqüilo
Na sacrossanta paz que Deus me trouxe.
Meu refúgio sereno de esperança,
Nele encontro essa luz terna e divina
Do amor que aperfeiçoa, ampara e ensina
Minha’alma ingênua e frágil de criança.
O lar é a minha escola querida,
Doce escola em que nunca me confundo,
Onde aprendo a ser nobre para o mundo
E a ser alegre e forte para vida.
OS PAIS
-Diz-me, bela Angelina,
com teus dotes naturais:
Como interpretas teus pais,
Minha galante menina?
-Meus pais, amiga querida,
São estrelas de amor,
Que Jesus, Nosso Senhor,
Me concedeu para a vida.
Amigos, como ninguém,
Conduzem-me ao bom caminho
E ensinam-me, com carinho,
O amor, a verdade e o bem.
No lar, que é meu doce abrigo,
São meus ternos protetores;
Bondosos, encantadores,
Nunca se cansam comigo.
Meus pais, em verdade, são
Meus anjos bons conta o mal!...
Mas... que dizes, afinal,
De minha definição?
-Disseste bem, Angelina,
Nossos pais e companheiros
São sublimes mensageiros
Da Providência Divina.
ESTUDANTE
-Aonde vais, minha Lilita,
Tão bonita?
-Eu vou à escola estudar.
-Dize-me cá – para quê?
Já se vê
Que precisas explicar.
-Que pergunta! É meu dever
aprender,
Pois Mãezinha sempre diz
Que na escola, nobremente,
toda gente
Fica mais sábia e feliz.
-Disseste bem, Angelina,
Nossos pais e companheiros
São sublimes mensageiros
Da Providência Divina.
A ESCOLA
No mundo, em todo lugar,
Seja no campo ou na vila,
Temos na escola tranqüila
O nosso segundo lar.
Em todos os continentes
A que o homem se conduz,
Espalha as bênçãos da luz
De mil modos diferentes.
Com suas doces lições,
Cheias de paz, de alegria,
Semeia a sabedoria
No campo dos corações.
Neste minuto que passa,
Repleta de dons divinos,
Abre-se a escola aos meninos
De toda cor, toda raça.
Selecionando pendores,
Com virtudes imprevistas,
Forma sábios, forma artistas,
Mordomos e servidores.
Revelando o amor mais puro,
Com carinhos maternais,
Prepara futuros pais
Para as missões do futuro.
Da mais humilde expressão
a mais elevada espécie,
Qualquer escola merece
A nossa veneração.
Bendita seja a oficina
Que nos cede ao pensamento
O pão do conhecimento
E a bênção da luz divina!
O LIVRO
O livro é o bom companheiro
Que me educa, que me alerta,
A todo instante é o roteiro
Que me traça a estrada certa.
É um amigo que me ampara
Com cuidado, com carinho.
A sua linguagem clara
Tudo explica, de mansinho.
É sempre calmo e bondoso,
Não tem gritos, não tem ralhos,
Ajuda-me sem repouso
Em todos os meus trabalhos.
Auxilia-me, sozinha,
Em lições lindas e boas,
A cuidar de meu caminho
E a respeitar as pessoas.
Sem qualquer alteração.
Ele que sabe de cor,
Ajuda-me o coração
Para ser sempre melhor.
Menino que não procura
Um livro para aprender,
É vadio sem leitura
Fugindo de seu dever.
LEMBRANÇA
À professora querida,
Que orienta nossa vida
Com tanta dedicação,
Traze sempre, meu filhinho,
As rosas de teu carinho
Na bênção da gratidão.
PRIMAVERA
A primavera no prado
Toda vestida de flores
Trouxe lençóis multicores
Que brilham ao sol dourado.
Parece a festa das cores
No caminho perfumado,
Para a alegria do arado
E paz dos trabalhadores.
Minúsculos passarinhos
Entoam, nos altos ninhos,
Cantos de amor e inocência...
A Natureza revela,
Sublime, ditosa e bela,
As luzes da Providência!...
NATUREZA
O livro da Natureza,
Repleto de resplendores,
Com jardins encantadores
Abertos em flores mil,
É o livro sublime e vivo
Em que Deus se manifesta,
Desde a raiz da floresta
Aos horizontes de anil.
O VAGABUNDO
Eí-lo que passa na estrada,
De roupinha esfarrapada,
Sem mãos amigas de alguém,
Pobrezinho... é vagabundo,
Vagueia por este mundo
Sem ninguém.
Às vezes, tem sede e fome,
Na miséria que o consome,
De pés e bracinhos nus...
Tão terno e de alma sombria!
Sem amor, sem alegria
E sem luz.
Mete pena vê-lo à solta
De cabeleira revolta,
Tal a penúria em que vai;
Sua alma geme e padece,
Não teve mãe que o quisesse
E nem pai.
Tenhamos piedade ao vê-lo.
Quem não pede auxílio e zelo
Num bocadito de amor?!...
Como punge, no caminho,
Tanta falta de carinho,
Tanta dor...
Lembramos, em nossa vida,
Que essa criança ferida,
Como nós, tem coração;
Que esse pequeno mendigo
Seja agora nosso amigo,
Nosso irmão.
VELHINHOS
De longada nos caminhos,
Passam velhos pobrezinhos
A sofrer, sem pão, sem lar...
Ao sabor da ventania,
Suportam a noite fria
A gemer e mendigar.
Choram à míngua de afeto,
Sem a carícia de um neto
No dias de solidão.
Foram jovens, entretanto...
São hoje estátuas de pranto,
De pobreza de aflição.
Olhando esse quadro amargo –
Oh! Nunca passeis de largo,
Gargalhando e andando ao léu! –
Dai-lhes o pão da bondade,
Que a bênção da caridade
Será vossa luz no Céu.
CARIDADE, DOCE IRMÃ
-Por que choras, meu anjinho,
esfarrapado e sozinho,
vagando de deu em deu?
-Choro de dor e saudade,
Pois sou filho da orfandade...
Minha mãe foi para o Céu.
-Que tens?
-Sinto frio e fome,
A angústia que me consome
Parece nunca ter fim...
A Ventura me escorraça,
O Orgulho olha-me e passa
Sem compaixão para mim!
Minha mãe já não existe
E, desde o momento triste
Em que o Senhor ma levou,
Não tenho a mão de um amigo;
Pequeno e pobre mendigo –
Eis agora o que hoje sou.
-Vem comigo!
-Oh! Quem me dera!...
-Vem! Terás a primavera
De doce e eterna manhã!...
-Teu nome? Sonho ou verdade?
-Eu me chamo Caridade.
-Quem és tu?
-Sou tua irmã.
FELIZ
Cheio de dor,
O pobrezinho,
Sempre sozinho
E sofredor.
Triste viajor,
Descalçadinho,
Ave sem ninho
E sem amor,
Que não maldiz
O amargo trato
Aos dias seus,
É mais feliz
Por ser mais grato
Aos dons de Deus.
AO RECREIO
Nos minutos de recreio,
Nas alegrias da escola,
Há tanta, tanta sacola
Repleta de doce e pão!...
Tantos meninos felizes
Trazem fruta, trazem bolo,
E há tantos em desconsolo
Que trazem fome e aflição!
Oh! Que a criança bondosa
Desde bem cedo compreenda
Na divisão da merenda
Um nobre e lindo dever...
Sê fraterno, meu filhinho:
Dá sempre do que te sobre
Ao coleginha mais pobre
Que não tem o que comer.
GRANDE TOLO
Logo após a cabra-cega,
Zezinho, todo suor,
Ao lado do professor,
Dizia para um colega:
-Eu hoje já fiz das minhas,
amanheci no brinquedo,
levantei-me muito cedo,
Apredejando as galinhas.
Quebrei xícaras e pratos,
Pus fogo ao quintal vizinho,
Chicoteei meu cãozinho,
Dei pancadas em dois gatos.
Furtei doces à cozinha,
Queimei um sapato e um pente
E atirei água fervente
Ao rosto da empregadinha.
Esfregando as mãos, contente,
Sem respeito, sem temor,
Perguntou ao professor:
-Não julga que sou valente?
O mestre, sem repreender,
Respondeu-lhe, em desconsolo:
-Não passas de um grande tolo
que tem muito que aprender.
SIMÃO, O MENDIGO
Doente, pobre, velhinho,
O desditoso Simão,
Arrimado a seu bordão,
Andava devagarzinho...
Pés e mãos em chaga aberta,
Lá ia o velho, coitado!
Enfermo, desamparado
E humilde na estrada incerta.
Cabelo todo branquinho,
Rugosa a face morena,
O pobre metia pena
A vagar pelo caminho...
De onde viera? Ora, quem
Buscava saber ao certo?
Vinha de longe ou de perto?
Ninguém sabia, ninguém.
Só lhe sabiam do nome,
E que, em miséria, sem nada,
Ele esmolava na estrada,
A fim de matar a fome.
Estendendo seu chapéu,
Pedia cheio de dor:
-Uma esmola, meu senhor,
Por amor ao Pai do Céu!...
Mas, oh! Deus, que desalento
Neste mundo de aflição!
Ninguém ouvia Simão
Nas horas de sofrimento.
-Passai de largo! É o leproso!...
diziam homens cruéis –
-Oh! Não vos aproximeis
deste ancião perigoso!...
-Ah! Que graça! Põe-te à brisa! –
Exclama outro passante –
Nada de esmola ao tratante,
Que este velho não precisa!...
O mendigo, nos seus ais,
Dizia: -Viva a saúde!
Trabalhei enquanto pude,
Agora, não posso mais...
Toda a gente lhe fugia,
Ninguém lhe dava uma sopa,
Nem um trapinho de roupa
Para a noite de agonia.
Muito tempo era passado
E o desditoso velhinho
Sentia-se mais sozinho,
Mais doente, mais cansado...
Chegou, enfim, um momento
Em que o velho sofredor
Caiu de frio e de dor
Na estrada do sofrimento.
“-Escuta, meu bom Simão,
não temas, querido amigo!
Sê forte! Eu estou contigo.
Chegaste à ressurreição”.
Não chores. Estou aqui!...
Terminou tua aflição,
Estás em meu coração!
Pensavas que te esqueci?
Enquanto o mundo enganado
Atormentava-te ao peso
De zombaria e desprezo,
Eu sempre estive ao teu lado.
Teus prantos e tuas dores
São, hoje, a luz que te veste
No campo do amor celeste,
Repleto de eternas flores.
E Jesus, em voz mais terna,
Concluía: “Vem, Simão,
À doce consolação
Do mundo de luz eterna!...””.
E Simão, chorando e rindo,
A seguir, ditoso, o Mestre,
Esqueceu a dor terrestre,
No céu venturoso e lindo.
O caminho era de estrelas
De tão sublime matiz
Que o pobre ria, feliz,
Sem saber como entendê-las.
No outro dia, ao reconforto
Do Sol de coroa erguida,
Acharam Simão sem vida...
O mendigo estava morto.
CONVERSANDO
Mão pequenina e boa
Não atire pedrada aos passarinhos,
Não torture animais...
A vida é luz que Deus aperfeiçoa,
Nos lares, nos estábulos, nos ninhos,
Qual o melhor dos pais.
Ouça, meu pequenino terno e puro,
A mão frágil que mata ou dilacera,
Inimiga do bem,
Nos caminhos distantes do futuro,
Pode tornar-se a pata de uma fera
Matando homens também...
ESSA VELHINHA
Essa velhinha que vês,
Passando sempre ao sol-posto,
Todo dia, todo mês,
Penosamente a esmolar,
Também foi criança, um dia,
Não conhecia o desgosto,
Brincava, jogava e ria,
Era o anjo de seu lar!...
Depois vieram mudanças,
Trabalhou, sofreu na vida,
Morreram-lhe as esperanças,
Cansou-se –lhe o coração,
Hoje, triste, quase morta,
Sozinha, desiludida,
Esmola, de porta em porta
A fim de ganhar o pão.
Não te esqueças, meu filhinho,
Que um velhinho abandonado
Tem sede de teu carinho,
De tua doce afeição...
Aprende a viver mais cedo,
Não fujas amedrontado,
Aproxima-te, sem medo,
Anda cá! Beija-lhe a mão!
PALAVRAS DE VOVÔ
Escuta, meu netinho pequenino,
Permite que em tua alma de menino
Nasça o impulso da grande compaixão;
Guarda a ternura luminosa e boa,
Que nasce pura de teu coração.
Se encontrares pessoas infelizes,
Cheias de dores e de cicatrizes,
Não desvies, de leve, teu olhar...
O sorriso de um anjo reconforta
O triste sofredor que bate à porta,
A gemer, a pedir, a soluçar!
Semeia paz e amor em tua estrada,
Não zombes da miséria abandonada,
Não te rias da mágoa de ninguém,
Sob a bênção da infância doce e vaga,
Crescerás para o mundo que te afaga,
E, no futuro, lutarás também.
O IRMÃOZINHO
Quando nasceu Antoninho,
Disse vovó, com carinho:
-Nesta adorável criança,
temos mais uma esperança!
Ganhamos um novo amigo
Que procura nosso abrigo.
É um Espírito que vem
Buscar a verdade e o bem;
Crescerá, junto de nós,
Terá força, terá voz...
Agora, é um bebê risonho,
No berço feito de sonho;
Amanhã, que se comporte,
Será homem nobre e forte.
Seu coração está ceio
Da grande luz de onde veio.
Ele volta ao nosso nível
Da imensa esfera invisível,
Procurando amor e luz
Para servir a Jesus.
Em seguida, vovozinha
Beijou-lhe a face branquinha,
E falou, fundo o intervalo:
-Deus nos ajude a guardá-lo.
RENDENDO GRAÇAS
Junto à mãezinha doente,
A bondosa pequenita
Ajoelha-se, contrita,
E suplica, humildemente:
-Deus de bondade sem fim,
Pai de amor e compaixão,
Atende ao meu coração,
Cura mamãe para mim!...
Passam momentos de espera
Em que a filha, um anjo lindo,
Observa a mãe dormindo
Na calma da fé sincera.
A enferma desperta e diz:
-Filhinha, que paz! Que luz!...
Sonhei que via Jesus,
Estou mais forte e feliz.
A pequenina que ouvia,
Na candidez de uma rosa,
Abraça-se à mãe bondosa,
Põe-se a chorar de alegria.
Cerrando os olhinhos seus,
Murmura? –Mamãe querida,
Nossa prece foi ouvida:
Rendamos Graças a Deus!
RESPOSTAS DE MÃE
-Minha mãe, onde está Deus?
-Ora esta, minha filha,
Deus está na luz que brilha
Sobre a Terra, pelos céus.
Permanece na alvorada,
No vento que embala os ninhos,
No canto dos passarinhos,
Na meiga rosa orvalhada.
Respira na água cantante
Da fonte que se desata,
No luar de leite e prata,
Está na estrela distante...
Vive no vale e na serra,
Onde mais? Como te explicar?
Deus existe em toda a parte,
Em todo lugar da Terra...
-Oh! Mamãe!, como senti-lo,
Bondoso, sublime e forte?
Será preciso que a morte
Nos conduza ao Céu tranqüilo?
-Não, filhinha! Ouve a lição,
Guarda a fé com que te falo,
Só podemos encontrá-lo
No templo do coração.
PRECE
Meu Senhor, Sábio dos sábios,
Pai de toda a Criação,
Põe a doçura em meus lábios
E a fé no meu coração.
Sol de amor que me conduz,
Na vida em que me agasalho,
Enche os meus olhos de luz
E as minhas mãos de trabalho.
Dá-me força no caminho,
Para lutar e vencer,
Transformando todo espinho
Em flores do meu dever.
Pai; não Te esqueças de mim,
Nas bênçãos da compaixão,
Guarda-me em Teu coração
De paz e de amor sem fim.
FIM