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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Jardim de Infância-Francisco Cândido Xavier

 

Índice do Blog 

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AOS PEQUENOS COMPANHEIROS

Deus fez da vida um jardim,

Fez do mundo o nosso lar,

Onde aprendemos a amar

Sua grandeza sem fim.

Em todas as direções,

Nas cidades, nos caminhos,

No campo, no mar, nos ninhos,

Há sempre grandes lições.

No Prazer, no sofrimento,

Na noite longa e sombria,

Na claridade do dia,

Tudo e flor de ensinamento.

Colhamos bênçãos de luz

Nas lutas que a vida encerra

O jardim é toda a terra,

O jardineiro é Deus.

João de Deus

Pedro Leopoldo

04/11/1946

ORAÇÃO DOS MENINOS

Pai Nosso, que estás nos Céus,

Na glória da Criação,

Ouve esta humilde oração

Dos pequenos lábios meus.

Santificado, Senhor,

Seja o teu nome divino

Em minha’alma de menino

Que confia em teu amor.

Venha a nós o teu reinado

De paz e misericórdia,

Que espalha a luz da concórdia

Sobre o mundo atormentado.

Que a tua vontade, assim,

Que não hesita, nem erra,

Seja feita em toda a Terra

E em todos os Céus sem fim...

Dá-nos, hoje, do celeiro

De tua eterna alegria

O pão nosso que sacia

A fome do mundo inteiro

Perdoa, Pai, nesta vida,

Os erros que praticamos,

Assim como perdoamos

Toda ofensa recebida.

Não deixes que a tentação

Nos vença a carne mortal

E nem permitas que o mal

Nos domine o coração.

Em tua luz que me beija

E em teu reino ilimitado

Que sejas glorificado,

Agora e sempre... Assim seja!

QUADRO MATINAL

Interroga Dona Rita

À pequenina louçã:

-Já fizeste, Carmenzita,

a súplica da manhã?

-Já sim, mamãe – Disse ela.

-Que pediste ao Mestre Amado?

-A bonequinha amarela

de chapeuzinho dourado.

Pedi também um vestido

E a caixinha de segredos

Que faz música ao ouvido,

Lá na casa de brinquedos.

E não rogaste mais nada?

Perguntou a mãe bondosa.

-Pedi a bolsa encarnada

e a sombrinha cor-de-rosa..

-Filhinha dos olhos meus,

Disse a mamãe num sorriso,

-Volta à prece e roga a Deus

que te conceda juízo.

CONSELHO MATERNO

Ouve, filhinho,

Pelo caminho

Encontrarás

Muita criança

Sem esperança,

Sem luz, sem paz...

Aves pequenas,

Guardam apenas

O pranto e a dor,

Rolando ao vento

Do sofrimento

Esmagador.

Passam a sós,

Erguendo a voz,

Pedindo pão...

Passam em bando,

Dilacerando

O coração.

Ante a tristeza

Dessa aspereza,

Desse amargor,

Filhinho amigo,

Dá-lhes abrigo,

Dá-lhes amor...

És irmãozinho

Do pobrezinho

Que aflito vai...

Nos mesmos trilhos

Nós somos filhos

Do mesmo Pai.

MEU LAR

Meu lar é um ninho quente, belo e doce,

Meu generoso e abençoado asilo,

Onde meu coração vive tranqüilo

Na sacrossanta paz que Deus me trouxe.

Meu refúgio sereno de esperança,

Nele encontro essa luz terna e divina

Do amor que aperfeiçoa, ampara e ensina

Minha’alma ingênua e frágil de criança.

O lar é a minha escola querida,

Doce escola em que nunca me confundo,

Onde aprendo a ser nobre para o mundo

E a ser alegre e forte para vida.

OS PAIS

-Diz-me, bela Angelina,

com teus dotes naturais:

Como interpretas teus pais,

Minha galante menina?

-Meus pais, amiga querida,

São estrelas de amor,

Que Jesus, Nosso Senhor,

Me concedeu para a vida.

Amigos, como ninguém,

Conduzem-me ao bom caminho

E ensinam-me, com carinho,

O amor, a verdade e o bem.

No lar, que é meu doce abrigo,

São meus ternos protetores;

Bondosos, encantadores,

Nunca se cansam comigo.

Meus pais, em verdade, são

Meus anjos bons conta o mal!...

Mas... que dizes, afinal,

De minha definição?

-Disseste bem, Angelina,

Nossos pais e companheiros

São sublimes mensageiros

Da Providência Divina.

ESTUDANTE

-Aonde vais, minha Lilita,

Tão bonita?

-Eu vou à escola estudar.

-Dize-me cá – para quê?

Já se vê

Que precisas explicar.

-Que pergunta! É meu dever

aprender,

Pois Mãezinha sempre diz

Que na escola, nobremente,

toda gente

Fica mais sábia e feliz.

-Disseste bem, Angelina,

Nossos pais e companheiros

São sublimes mensageiros

Da Providência Divina.

A ESCOLA

No mundo, em todo lugar,

Seja no campo ou na vila,

Temos na escola tranqüila

O nosso segundo lar.

Em todos os continentes

A que o homem se conduz,

Espalha as bênçãos da luz

De mil modos diferentes.

Com suas doces lições,

Cheias de paz, de alegria,

Semeia a sabedoria

No campo dos corações.

Neste minuto que passa,

Repleta de dons divinos,

Abre-se a escola aos meninos

De toda cor, toda raça.

Selecionando pendores,

Com virtudes imprevistas,

Forma sábios, forma artistas,

Mordomos e servidores.

Revelando o amor mais puro,

Com carinhos maternais,

Prepara futuros pais

Para as missões do futuro.

Da mais humilde expressão

a mais elevada espécie,

Qualquer escola merece

A nossa veneração.

Bendita seja a oficina

Que nos cede ao pensamento

O pão do conhecimento

E a bênção da luz divina!

O LIVRO

O livro é o bom companheiro

Que me educa, que me alerta,

A todo instante é o roteiro

Que me traça a estrada certa.

É um amigo que me ampara

Com cuidado, com carinho.

A sua linguagem clara

Tudo explica, de mansinho.

É sempre calmo e bondoso,

Não tem gritos, não tem ralhos,

Ajuda-me sem repouso

Em todos os meus trabalhos.

Auxilia-me, sozinha,

Em lições lindas e boas,

A cuidar de meu caminho

E a respeitar as pessoas.

Sem qualquer alteração.

Ele que sabe de cor,

Ajuda-me o coração

Para ser sempre melhor.

Menino que não procura

Um livro para aprender,

É vadio sem leitura

Fugindo de seu dever.

LEMBRANÇA

À professora querida,

Que orienta nossa vida

Com tanta dedicação,

Traze sempre, meu filhinho,

As rosas de teu carinho

Na bênção da gratidão.

PRIMAVERA

A primavera no prado

Toda vestida de flores

Trouxe lençóis multicores

Que brilham ao sol dourado.

Parece a festa das cores

No caminho perfumado,

Para a alegria do arado

E paz dos trabalhadores.

Minúsculos passarinhos

Entoam, nos altos ninhos,

Cantos de amor e inocência...

A Natureza revela,

Sublime, ditosa e bela,

As luzes da Providência!...

NATUREZA

O livro da Natureza,

Repleto de resplendores,

Com jardins encantadores

Abertos em flores mil,

É o livro sublime e vivo

Em que Deus se manifesta,

Desde a raiz da floresta

Aos horizontes de anil.

O VAGABUNDO

Eí-lo que passa na estrada,

De roupinha esfarrapada,

Sem mãos amigas de alguém,

Pobrezinho... é vagabundo,

Vagueia por este mundo

Sem ninguém.

Às vezes, tem sede e fome,

Na miséria que o consome,

De pés e bracinhos nus...

Tão terno e de alma sombria!

Sem amor, sem alegria

E sem luz.

Mete pena vê-lo à solta

De cabeleira revolta,

Tal a penúria em que vai;

Sua alma geme e padece,

Não teve mãe que o quisesse

E nem pai.

Tenhamos piedade ao vê-lo.

Quem não pede auxílio e zelo

Num bocadito de amor?!...

Como punge, no caminho,

Tanta falta de carinho,

Tanta dor...

Lembramos, em nossa vida,

Que essa criança ferida,

Como nós, tem coração;

Que esse pequeno mendigo

Seja agora nosso amigo,

Nosso irmão.

VELHINHOS

De longada nos caminhos,

Passam velhos pobrezinhos

A sofrer, sem pão, sem lar...

Ao sabor da ventania,

Suportam a noite fria

A gemer e mendigar.

Choram à míngua de afeto,

Sem a carícia de um neto

No dias de solidão.

Foram jovens, entretanto...

São hoje estátuas de pranto,

De pobreza de aflição.

Olhando esse quadro amargo –

Oh! Nunca passeis de largo,

Gargalhando e andando ao léu! –

Dai-lhes o pão da bondade,

Que a bênção da caridade

Será vossa luz no Céu.

CARIDADE, DOCE IRMÃ

-Por que choras, meu anjinho,

esfarrapado e sozinho,

vagando de deu em deu?

-Choro de dor e saudade,

Pois sou filho da orfandade...

Minha mãe foi para o Céu.

-Que tens?

-Sinto frio e fome,

A angústia que me consome

Parece nunca ter fim...

A Ventura me escorraça,

O Orgulho olha-me e passa

Sem compaixão para mim!

Minha mãe já não existe

E, desde o momento triste

Em que o Senhor ma levou,

Não tenho a mão de um amigo;

Pequeno e pobre mendigo –

Eis agora o que hoje sou.

-Vem comigo!

-Oh! Quem me dera!...

-Vem! Terás a primavera

De doce e eterna manhã!...

-Teu nome? Sonho ou verdade?

-Eu me chamo Caridade.

-Quem és tu?

-Sou tua irmã.

FELIZ

Cheio de dor,

O pobrezinho,

Sempre sozinho

E sofredor.

Triste viajor,

Descalçadinho,

Ave sem ninho

E sem amor,

Que não maldiz

O amargo trato

Aos dias seus,

É mais feliz

Por ser mais grato

Aos dons de Deus.

AO RECREIO

Nos minutos de recreio,

Nas alegrias da escola,

Há tanta, tanta sacola

Repleta de doce e pão!...

Tantos meninos felizes

Trazem fruta, trazem bolo,

E há tantos em desconsolo

Que trazem fome e aflição!

Oh! Que a criança bondosa

Desde bem cedo compreenda

Na divisão da merenda

Um nobre e lindo dever...

Sê fraterno, meu filhinho:

Dá sempre do que te sobre

Ao coleginha mais pobre

Que não tem o que comer.

GRANDE TOLO

Logo após a cabra-cega,

Zezinho, todo suor,

Ao lado do professor,

Dizia para um colega:

-Eu hoje já fiz das minhas,

amanheci no brinquedo,

levantei-me muito cedo,

Apredejando as galinhas.

Quebrei xícaras e pratos,

Pus fogo ao quintal vizinho,

Chicoteei meu cãozinho,

Dei pancadas em dois gatos.

Furtei doces à cozinha,

Queimei um sapato e um pente

E atirei água fervente

Ao rosto da empregadinha.

Esfregando as mãos, contente,

Sem respeito, sem temor,

Perguntou ao professor:

-Não julga que sou valente?

O mestre, sem repreender,

Respondeu-lhe, em desconsolo:

-Não passas de um grande tolo

que tem muito que aprender.

SIMÃO, O MENDIGO

Doente, pobre, velhinho,

O desditoso Simão,

Arrimado a seu bordão,

Andava devagarzinho...

Pés e mãos em chaga aberta,

Lá ia o velho, coitado!

Enfermo, desamparado

E humilde na estrada incerta.

Cabelo todo branquinho,

Rugosa a face morena,

O pobre metia pena

A vagar pelo caminho...

De onde viera? Ora, quem

Buscava saber ao certo?

Vinha de longe ou de perto?

Ninguém sabia, ninguém.

Só lhe sabiam do nome,

E que, em miséria, sem nada,

Ele esmolava na estrada,

A fim de matar a fome.

Estendendo seu chapéu,

Pedia cheio de dor:

-Uma esmola, meu senhor,

Por amor ao Pai do Céu!...

Mas, oh! Deus, que desalento

Neste mundo de aflição!

Ninguém ouvia Simão

Nas horas de sofrimento.

-Passai de largo! É o leproso!...

diziam homens cruéis –

-Oh! Não vos aproximeis

deste ancião perigoso!...

-Ah! Que graça! Põe-te à brisa! –

Exclama outro passante –

Nada de esmola ao tratante,

Que este velho não precisa!...

O mendigo, nos seus ais,

Dizia: -Viva a saúde!

Trabalhei enquanto pude,

Agora, não posso mais...

Toda a gente lhe fugia,

Ninguém lhe dava uma sopa,

Nem um trapinho de roupa

Para a noite de agonia.

Muito tempo era passado

E o desditoso velhinho

Sentia-se mais sozinho,

Mais doente, mais cansado...

Chegou, enfim, um momento

Em que o velho sofredor

Caiu de frio e de dor

Na estrada do sofrimento.

“-Escuta, meu bom Simão,

não temas, querido amigo!

Sê forte! Eu estou contigo.

Chegaste à ressurreição”.

Não chores. Estou aqui!...

Terminou tua aflição,

Estás em meu coração!

Pensavas que te esqueci?

Enquanto o mundo enganado

Atormentava-te ao peso

De zombaria e desprezo,

Eu sempre estive ao teu lado.

Teus prantos e tuas dores

São, hoje, a luz que te veste

No campo do amor celeste,

Repleto de eternas flores.

E Jesus, em voz mais terna,

Concluía: “Vem, Simão,

À doce consolação

Do mundo de luz eterna!...””.

E Simão, chorando e rindo,

A seguir, ditoso, o Mestre,

Esqueceu a dor terrestre,

No céu venturoso e lindo.

O caminho era de estrelas

De tão sublime matiz

Que o pobre ria, feliz,

Sem saber como entendê-las.

No outro dia, ao reconforto

Do Sol de coroa erguida,

Acharam Simão sem vida...

O mendigo estava morto.

CONVERSANDO

Mão pequenina e boa

Não atire pedrada aos passarinhos,

Não torture animais...

A vida é luz que Deus aperfeiçoa,

Nos lares, nos estábulos, nos ninhos,

Qual o melhor dos pais.

Ouça, meu pequenino terno e puro,

A mão frágil que mata ou dilacera,

Inimiga do bem,

Nos caminhos distantes do futuro,

Pode tornar-se a pata de uma fera

Matando homens também...

ESSA VELHINHA

Essa velhinha que vês,

Passando sempre ao sol-posto,

Todo dia, todo mês,

Penosamente a esmolar,

Também foi criança, um dia,

Não conhecia o desgosto,

Brincava, jogava e ria,

Era o anjo de seu lar!...

Depois vieram mudanças,

Trabalhou, sofreu na vida,

Morreram-lhe as esperanças,

Cansou-se –lhe o coração,

Hoje, triste, quase morta,

Sozinha, desiludida,

Esmola, de porta em porta

A fim de ganhar o pão.

Não te esqueças, meu filhinho,

Que um velhinho abandonado

Tem sede de teu carinho,

De tua doce afeição...

Aprende a viver mais cedo,

Não fujas amedrontado,

Aproxima-te, sem medo,

Anda cá! Beija-lhe a mão!

PALAVRAS DE VOVÔ

Escuta, meu netinho pequenino,

Permite que em tua alma de menino

Nasça o impulso da grande compaixão;

Guarda a ternura luminosa e boa,

Que nasce pura de teu coração.

Se encontrares pessoas infelizes,

Cheias de dores e de cicatrizes,

Não desvies, de leve, teu olhar...

O sorriso de um anjo reconforta

O triste sofredor que bate à porta,

A gemer, a pedir, a soluçar!

Semeia paz e amor em tua estrada,

Não zombes da miséria abandonada,

Não te rias da mágoa de ninguém,

Sob a bênção da infância doce e vaga,

Crescerás para o mundo que te afaga,

E, no futuro, lutarás também.

O IRMÃOZINHO

Quando nasceu Antoninho,

Disse vovó, com carinho:

-Nesta adorável criança,

temos mais uma esperança!

Ganhamos um novo amigo

Que procura nosso abrigo.

É um Espírito que vem

Buscar a verdade e o bem;

Crescerá, junto de nós,

Terá força, terá voz...

Agora, é um bebê risonho,

No berço feito de sonho;

Amanhã, que se comporte,

Será homem nobre e forte.

Seu coração está ceio

Da grande luz de onde veio.

Ele volta ao nosso nível

Da imensa esfera invisível,

Procurando amor e luz

Para servir a Jesus.

Em seguida, vovozinha

Beijou-lhe a face branquinha,

E falou, fundo o intervalo:

-Deus nos ajude a guardá-lo.

RENDENDO GRAÇAS

Junto à mãezinha doente,

A bondosa pequenita

Ajoelha-se, contrita,

E suplica, humildemente:

-Deus de bondade sem fim,

Pai de amor e compaixão,

Atende ao meu coração,

Cura mamãe para mim!...

Passam momentos de espera

Em que a filha, um anjo lindo,

Observa a mãe dormindo

Na calma da fé sincera.

A enferma desperta e diz:

-Filhinha, que paz! Que luz!...

Sonhei que via Jesus,

Estou mais forte e feliz.

A pequenina que ouvia,

Na candidez de uma rosa,

Abraça-se à mãe bondosa,

Põe-se a chorar de alegria.

Cerrando os olhinhos seus,

Murmura? –Mamãe querida,

Nossa prece foi ouvida:

Rendamos Graças a Deus!

RESPOSTAS DE MÃE

-Minha mãe, onde está Deus?

-Ora esta, minha filha,

Deus está na luz que brilha

Sobre a Terra, pelos céus.

Permanece na alvorada,

No vento que embala os ninhos,

No canto dos passarinhos,

Na meiga rosa orvalhada.

Respira na água cantante

Da fonte que se desata,

No luar de leite e prata,

Está na estrela distante...

Vive no vale e na serra,

Onde mais? Como te explicar?

Deus existe em toda a parte,

Em todo lugar da Terra...

-Oh! Mamãe!, como senti-lo,

Bondoso, sublime e forte?

Será preciso que a morte

Nos conduza ao Céu tranqüilo?

-Não, filhinha! Ouve a lição,

Guarda a fé com que te falo,

Só podemos encontrá-lo

No templo do coração.

PRECE

Meu Senhor, Sábio dos sábios,

Pai de toda a Criação,

Põe a doçura em meus lábios

E a fé no meu coração.

Sol de amor que me conduz,

Na vida em que me agasalho,

Enche os meus olhos de luz

E as minhas mãos de trabalho.

Dá-me força no caminho,

Para lutar e vencer,

Transformando todo espinho

Em flores do meu dever.

Pai; não Te esqueças de mim,

Nas bênçãos da compaixão,

Guarda-me em Teu coração

De paz e de amor sem fim.

FIM