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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Degraus da Vida-Francisco Cândido Xavier

 

Índice do Blog 

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Degraus da Vida

Francisco Cândido Xavier

Cornélio Pires

Apresentação

Prezado amigo leitor,

É com grande alegria que apresentamos mais um livro de autoria do companheiro espiritual Cornélio Pires.

Dando seqüência às trovas recebidas por Chico Xavier em seu culto individual doméstico noturno, este volume contém o material produzido entre 29 de janeiro e 3 de março de 1996. Novamente, como ocorreu em Paz e Amor, as mensagens foram transmitidas diretamente ao querido médium, não ocorrendo psicografia. Vivaldo Cunha Borges, fiel secretário e auxiliar, encarregou-se de organizá-las diariamente, de modo a poder brindar-nos com mais esta jóia.

E, deste modo, a antiga amizade cristã entre Chico Xavier e Cornélio Pires continua iluminando nosso caminho e facilitando nosso acesso à superação dos degraus da vida a caminho do Mundo Maior!

Rendendo graças a Deus por mais esta bênção,

Beatriz Peixoto Galves

São Paulo, 22 de março de 1996.

Anotação Esquecida

Gastamos tempo contando

Os amigos imperfeitos

E esquecemos de anotar

Os nossos próprios defeitos.

O Conselheiro

Em toda e qualquer questão

De família ou de dinheiro,

O silêncio calmo e simples

É o mais hábil conselheiro.

29 de janeiro de 1996

Todos Sofrem

Grandes mulheres famosas,

Qual mulher indefesa,

Também lutam, também sofrem

Doença, mágoa, tristeza...

Consciência

A morte, em qualquer lugar

Ao fim da humana existência,

Estampa, em cada pessoa,

O estado de consciência.

30 de janeiro de 1996

Prudência

Entre os que seguem de carro,

Pouca gente se domina.

Prevendo angústia e desastre,

Prudência é a melhor vacina.

Meditemos

Ninguém pode imaginar,

Seja em cidade ou roça,

Quantas vidas são precisas

Para sustento da nossa.

31 de janeiro de 1996

Assistência

No serviço de assistência,

Muitas vezes, percebi:

Quem trabalha para os outros

Trabalha mais para si.

Endereço

Acima dos telefones

E quaisquer listas de preços,

Possui a Morte o sumário

De todos os endereços.

4 de fevereiro de 1996

Receita

Quem quiser paz e saúde

Cultive afetos normais,

Coma pouco e pense muito

E não converse demais.

4 de fevereiro de 1996

Paciência

Coragem não é vencer

Qualquer animal feroz,

É manter a paciência

Agindo dentro de nós.

5 de fevereiro de 1996

Perigo

Pessoa que sabe muito,

Entre amigos e inimigos,

Pode ser nobre e prendado,

Mas vive em grandes perigos.

Na Obra Divina

Deus criou a Humanidade,

Tudo fez e agiu tão bem

Que, mesmo em grupos unidos,

Ninguém conhece ninguém.

6 de fevereiro de 1996

Liberdade

Deus nos fez a liberdade,

Todos vivem com ela,

E muita gente demora

Nos grandes porões da vida.

7 de fevereiro de 1996

Supérfluo

Sobre assuntos do supérfluo

Muitas vezes me concentro;

Enfeite demais por fora

E pouco sizo por dentro.

Reflexão

Se encontras dificuldades,

Pensa nas bênçãos que tens;

Destacamos nossos males

Esquecendo-nos dos bens.

8 de fevereiro de 1996

No Abuso

O homem que se embriaga

E é glutão em qualquer clima,

Vive doente e parece

A lima que lima a lima.

8 de fevereiro de 1996

Dúvida

Gente que sofre de tédio

E a todo instante se enguiça,

Não se sabe se é doente

Ou se é caso de preguiça.

9 de fevereiro de 1996

Contradição

Onde existe experiência,

Muita vez, noto este aviso:

Talento quando é demais

Traz carência de juízo.

Teste

Suporta sem desespero

A amargura que te invade;

Marujo só se revela

Na hora da tempestade.

10 de fevereiro de 1996

Fama

A fama é uma taça linda

De precioso licor,

No começo, é aplauso e festa,

No fundo, é cansaço e dor.

Somos de Deus

Palavras, mundos, sistemas,

Seres nobres e plebeus,

Animais, insetos, plantas...

Nós todos somos de Deus.

11 de fevereiro de 1996

Vida e Morte

No imenso palco da Terra,

A vida é constante enredo

Que só termina na morte,

Que é sempre um grande segredo.

Sedativa da Paz

Se há muitas rixas em torno

Do recanto que te asila,

O sedativo da paz

É a consciência tranquila.

13 de fevereiro de 1996

Fórmulas da Paz

Para sustento da paz

Em nosso campo de ação,

Aceitemos as pessoas,

Tais quais as pessoas são.

Identidade no Além

No Além, para que livres

De qualquer toque das trevas,

Põe teu nome por extenso

Sobre a bagagem que levas.

14 de fevereiro de 1996

Bagagem

Muito aprendi em mim mesmo

Nesta ocorrência de instantes;

De quem segue para o Além,

A bagagem chega antes.

Erro Alheio

Perante qualquer desastre,

Sê compassivo e prudente;

O erro de uma pessoa

É lição a muita gente.

15 de fevereiro de 1996

Tudo Passa

O poder muda no tempo,

Fortunas morrem na herança,

Tudo passa ou se desfaz,

Menos a luz da esperança.

Vale o Silêncio

Injúrias e dissidências,

Gestos chulos, onde vais?

Não reajas, nem respondas,

O silêncio pode mais.

16 de fevereiro de 1996

Inimigos

Por que amar aos inimigos?

São nossos irmãos doentes,

Muita vez reencarnados

Em nossos próprios parentes.

Herança

Para quem deixou a Terra,

Sonhando paz e esperança,

As lutas que mais lhes doem

São os atritos de herança.

19 de fevereiro de 1996

Observação

Em lides religiosas

Eu nunca soube por que;

Pessoa que mais fala em fé

É aquela que menos crê.

Declaração

Declaração que interessa

A santos, crentes e ateus:

Todos estamos vivendo

Na paciência de Deus.

20 de fevereiro de 1996

Fé em Deus

Fé em Deus nos lembra um anjo

Sempre feliz, sempre lindo,

Que nos diz ao coração:

“Espera que Deus vem vindo!...”

Otimismo

Otimismo cultivado

É o Amor que não se cansa,

Acedendo em nossas almas

A luz de nome Esperança

21 de fevereiro de 1996

Imagens da Saudade

Saudade é uma flor da Terra

Que brota no adeus de alguém,

Com muitas cópias florindo

Nos grandes jardins do Além.

Ciúme

Ciúme é um veneno oculto,

Agindo em forma de espinho,

Que maltrata o coração

E mata devagarzinho

Contraste

Alegria, quando em paz,

É mais luz, a cada instante.

O ódio numa pessoa

É um espinheiro ambulante.

Anotação no Tempo

No trânsito e na existência,

Quem vive na contramão

Pode encontrar no caminho

Amargura, depressão.

23 de fevereiro de 1996

Quanto Menos

Muita gente neste mundo

Faz tudo o que lhe apetece

E alega a própria importância

Quanto menos se conhece.

Senha

Serviço espiritual

No mundo tem esta senha:

Quem muda tem nova linha,

Quando foge, leva lenha.

Tolerância

Tolera os erros alheios,

Evita os gritos extremos,

Muita vez, pede-se aos outros

Qualidades que não temos.

Surpresa

Era um homem de ambição,

Tinha planos a contento;

Quando obteve o poder,

Alcançou o sofrimento.

Males

Os males da natureza?

Pensa nisto quando ores:

Males feitos por nós mesmos

São sempre muito piores.

Crises

Se provações te maltratam

Sempre mais, nunca te irrites.

Perante o amparo de Deus,

Toda crise tem limites.

Difícil

Em meio de controvérsias,

Falou um Sábio, sereno:

“É muito fácil ser grande;

Difícil é ser pequeno.”

Agradecimentos

Ao término deste livro

De pálidos versos meus,

Sou grato aos caros leitores

E rendo Graças a Deus.

Cornélio Pires

Deus nos releva as faltas,

na certeza de que aprenderemos

igualmente a perdoar

as ofensas e os erros alheios.

Emmanuel